Sunday, December 18, 2011
ARP Omni 2 (texto em português)
Sediada em Lexington, cidade norte-americana localizada no estado de Massachusetts, a ARP Instruments, INC. – batizada com as iniciais do nome do seu fundador, o engenheiro eletrônico Allan Robert Pearlman, em 1969 – adentrou os anos 70 como uma empresa bastante famosa no mercado de sintetizadores. Vários artistas utilizavam seus equipamentos e um grande número de músicos e estúdios possuia seus instrumentos, principalmente por uma questão de custo/beneficio (apesar de ainda serem muito caros, eram consideravelmente mais baratos que os aparelhos fabricados pela Moog, por exemplo). Além disso a ARP dava equipamentos a vários artistas conhecidos do grande público como Pete Townshend e Stevie Wonder, entre inúmeros outros, como forma de divulgar a marca. Isso fez com que em pouco tempo o nome da empresa fosse muito conhecido, principalmente por estar nos créditos de vários discos de sucesso na época.
No ano de 1974 a ARP colocou no mercado o que talvez tenha sido o seu equipamento mais popular: o ARP String Ensemble ou ARP Solina, como também é conhecido. Digo que este equipamento talvez tenha sido o mais popular porque praticamente qualquer banda de baile possuia um teclado deste modelo para emular o som de cordas de uma orquestra. Na sequência, a empresa foi incrementando o ARP String Ensemble, criando novos modelos e adicionando novidades (e só deixou de fabricá-lo em 1981). Alguns destes novos modelos que utilizavam basicamente o principio do string ensemble com adições foram o ARP Omni, o ARP Omni 2 e o ARP Quadra, todos com sintetizadores polifônicos e de contrabaixo acoplados ao sistema.
O modelo Omni surgiu no final de 1976 e foi fabricado até o verão de 1978, quando foi substituído pelo ARP Omni 2 (fabricado até o verão de 1981, ano em que a ARP foi vendida para a CBS por conta das dívidas adquiridas em mais de dez anos de existência mal administrada).
O ARP Omni 2, modelo que eu possuo, tem um teclado de 49 notas – 4 oitavas, de Dó a Dó – com polifonia total e é dividido em três sessões: um string ensemble com 4 timbres (“bass”, “cello”, “viola” e “violin”, com sliders para controle de ATTACK e RELEASE e um slider para controle do LFO), um sintetizador polifônico (com variação de oitavas entre 8’ e 4’) e um “bass synthesizer” (com variação entre 16’ e 8’ em um seletor para “staccato”). Tanto o sintetizador polifônico quando o sintetizador de contrabaixo possuem sliders para controle de ATTACK, DECAY, SUSTAIN e RELEASE e um filtro Low Pass de 24 dB por oitava (com controles de frequência, resonância e LFO). Um switch para ligar e desligar o Chorus/Phaser, outro switch para selecionar a forma de onda gerada (entre uma onda quadrada e uma quase dente de serra) e outro switch ainda para escolher entre modo single e multi trigger para o envelope, além de sliders para o volume geral, um mixer entre o string ensemble e o sintetizador polifônico e um volume individual para o sintetizador de contrabaixo completam o painel frontal do ARP Omni 2.
Na parte traseira do ARP Omni 2 existem saídas individuais para cada uma das sessões (strings, synth e bass), um jack para footswitch de controle do sustain, jacks para pedais de volume e controle do filtro, uma saída de jack P-10 e outra de jack XLR (com controle de nível de volume entre alto e baixo) e jacks de gate, trigger e CV.
São poucas as diferenças internas entre o ARP Omni e o ARP Omni 2 e estas se resumem a pequenas mudanças no circuito de Chorus/Phaser, outras no circuito e saída individual para o sintetizador de contrabaixo (o primeiro modelo só tinha saídas individuais para strings e sintetizador) e um switch selecionável entre “single” e “multi”-trigger para controle de envelope do sintetizador polifônico. Ja no visual externo os dois modelos são muito diferentes, sendo que o ARP Omni 2 passou a adotar um chassi todo feito de aço (com as laterais em couro característicos de vários modelos da marca) e as cores laranja, preto e branco, tanto nos botões de controle quanto nos logotipos da empresa e do modelo.
Alguns dos artistas que utilizaram um ARP Omni ou um ARP Omni 2 em gravações foram: Joy Division (várias das músicas do disco “Closer” tem o som característico dos strings de um Omni 2, sendo que em “Love will tear us apart”, talvez sua música mais conhecida, o guitarrista Bernard Sumner aparece utilizando um no clipe oficial. Na foto ao lado Sumner aparece ao lado de Martin Hannett, produtor dos discos da banda), New Order (nos primeiros discos. Provavelmente o mesmo instrumento, “herdado” do Joy Division, ja que três quartos do New Order era formado por também três quartos do Joy Division), Gary Numan (no youtube tem um video do programa Top of the pops especial de natal em 1979, no qual aparecem um ARP Omni 2 e um Polymoog sendo utilizados nas músicas “Are friends electric?” e "Cars"), Tangerine Dream, The Cars (em "Let the good times roll"), Kraftwerk, Supertramp (o tecladista e vocalista Rick Davies tinha dois instrumentos deste modelo), a banda inglesa Modern English (na faixa “I melt with you”, de 1982), a mais recente banda do ex-vocalista do Ultravox, John Foxx and the Maths (estão em tour, utilizando um ARP Omni), Steve Hillage (no disco “Rainbow Dome Musick”, de 1979), o músico de jazz norte-americano Roy Ayres, as bandas Boston e Kansas (em "Dust in the wind"), os Commodores, Al Kooper, o tecladista Allan Zavod (da banda de Jean-Luc Ponty), Cat Stevens, Dave Greenslade, Electric Light Orchestra, além dos ja citados no início do texto como “endorsers” da ARP, Stevie Wonder e Pete Townshend.
Meu ARP Omni 2 (número de série 2473 – número que identifica o modelo – 3879) foi um dos primeiros instrumentos que comprei. Antes dele acho que apenas o Korg 700S foi adquirido por mim, talvez algum outro, não lembro bem. Mas com certeza foi um dos primeiros. Com 18 anos de idade, no ano de 1994, trabalhei em uma loja de instrumentos em Novo Harburgo - Rio Grande do Sul - e este teclado tinha sido colocado à venda pelo Ivo, tecladista e dono de uma conhecida banda de baile local. Como eu trabalhava lá, comprei direto dele. Lembro que paguei 200 reais ou algo assim, mas que este era mais ou menos o salario de um mês de trabalho, ou seja, não foi tão barato assim. Enfim, comprei ja sabendo que teria coisas a consertar e durante estes mais ou menos 18 anos que este instrumento está comigo, ele funcionou e parou de funcionar várias vezes. A última vez que coloquei ele a funcionar foi para gravar a música “Harajuku Girl”, presente no meu mais recente disco, “Zeitgeist/propaganda”. Como fiz ele voltar a funcionar e ele estava parado na casa dos meus pais fazia muito tempo, resolvi utilizar ele em uma temporada de shows que fiz no Centro Cultural Norte-americano, em Porto Alegre, em 2009 (no youtube existem alguns videos destes shows). Na sequência, levei-o para uma mini-tour que fiz acompanhando o Jupiter Maçã no RS e Paraná. Infelizmente – e dada a truculência com que os carregadores de bagagem das companhias aéreas lidam com os pertences dos seus passageiros – o teclado voltou desta série de shows com duas teclas quebradas e alguns componentes apresentaram mal funcionamento. Como em novembro passado fiquei alguns dias na casa dos meus pais, em São Leopoldo (RS) e, tirando uma ou outra visita a algum amigo, aquela cidade é um tremendo marasmo, resolvi abrir e iniciar uma reforma no meu ARP Omni 2, incluindo a colagem das duas teclas quebradas (e limpeza total das demais teclas), colagem das laterais de couro e pintura do classi, que apresentava ferrugem desde que o comprei. Infelizmente minha limitação de conhecimentos eletrônicos (por enquanto) me fez parar por ai, não tive como consertar os componentes que não estão funcionando. Mas ja estou programando de visitar meu amigo e genial técnico em eletrônica Cardoso em breve para solucionar e fazer voltar a ativa esta grande peça na minha coleção de instrumentos analógicos!
photos: Kay Mavrides/internet
Encontrei alguns anuncios da época de lançamento do ARP Omni:
Na época (obviamente), a ARP enviava um disco demonstrativo do ARP Omni pelo correio, bastava o interessado entrar em contato com a empresa. Aqui está o anuncio:
E aqui estão alguns anúncios da época em que o ARP Omni 2 substituiu o primeiro modelo:
Como meu ARP Omni 2 encontra-se momentaneamente em processo de reforma e ainda não está funcionando perfeitamente, não gravei video meu demonstrando ele. Posto aqui um vídeo que encontrei no youtube, gravado pelo músico norte-americano Mike Thompson:
A música "Harajuku Girl" (presente no meu terceiro album solo, "Zeitgeist/propaganda"), pode ser ouvida e baixada aqui, em duas versões:
Harajuku Girl (vocoder version) by astronautapinguim
Harajuku Girl (MOOG version) by astronautapinguim
Friday, October 28, 2011
ROLAND TR-606 Drumatix (texto em português)
No ano de 1981 a Roland, empresa japonesa fundada pelo engenheiro eletrônico Ikutaro Kakehashi, completava quase uma década de existência como uma companhia bem consolidada no mercado de instrumentos musicais, tendo como seus carros-chefe as baterias eletrônicas e os sintetizadores, tanto monofônicos quanto – a partir de 1978, com o lançamento do Jupiter 4 – polifônicos. Neste periodo a Roland lançou dois modelos que viriam a se tornar, com o passar do tempo, uma grande referência estética da música eletrônica nos anos seguintes, a TB-303 (Bass Machine que, segundo me consta, foi o instrumento responsável pelo surgimento da Acid House na segunda metade dos anos 80, em Chicago) e a TR-606 “Drumatix” (Drum Machine). Inicialmente ambas foram projetadas para serem utilizadas em conjunto e com a intenção de “substituir” o baixista e o baterista (em certos casos, pena que não conseguiram alcançar este objetivo, o que tem de baixista e baterista chatos espalhados pelo mundo não é brincadeira…)
O funcionamento da TR-606 é muito simples e sua programação, em tempo real, é útil para a criação de patterns inusitados (apesar da quantidade de timbres ser limitada a apenas um som de bumbo, um de caixa, um de tom agudo e outro de tom grave, um som de prato e sons de hihat aberto e fechado). Estes timbres possuem knobs de volume de saída individuais, porém a TR-606 possui apenas duas saídas de áudio: uma normal e outra para headphones. A programação de uma TR-606 se restringe a escolher o instrumento através de um seletor e escolher onde ele será acionado dentro do pattern, por meio de 16 botões, com uma luz indicativa para cada. Existe um seletor de modo para a bateria (que pode variar entre gravar e tocar um track ou gravar e tocar um pattern). Knobs de controle de tempo e de volume/liga e desliga completam o belo design da TR-606.
Entre os músicos e bandas que utilizam ou ultilizaram uma TR-606 em suas gravações posso citar o OMD, Depeche Mode, Cocteau Twins, The Sisters of Mercy, Nine Inch Nails, Big Black (banda de Steve Albini, que utilizava uma TR-606 nas gravações e creditava um tal de “Roland” como sendo seu baterista nos discos), Moby (que tem uma incrível e inacreditavelmente enorme coleção de baterias eletrônicas vintage), Crystal Method, DJ Jazzy Jeff, Smashing Pumpkins (na música “Eye”, presente na trilha sonora do filme “The lost highway” de David Lynch) e Luke Vibert, entre outros.
Ganhei minha TR-606 de presente do meu grande amigo Renato Yada que tocou contrabaixo durante quase dois anos na minha banda solo. Um dia ele chegou para mim e disse que tinha achado, no meio de uma mudança de apartamento, uma bateria eletrônica Roland antiga e que ela tinha sido utilizada nos discos da hoje cultuada banda Fellini (do meu amigo Thomas Pappon, também bandleader do The Gilbertos, banda que tive o prazer de acompanhar nos shows de lançamento do terceiro disco recentemente em SP). Fiquei muito feliz com o presente e mais feliz ainda quando vi que a bateria estava funcionando e em ótimo estado. Usei a TR-606 em praticamente metade das músicas do meu disco novo, tanto como instrumento principal quanto dobrando com os timbres da CR-78. O número de série da minha TR-606 é 136700.
photos: Kay Mavrides e divulgação/internet
Este anúncio foi scaneado de alguma revista da época de lançamento da TR-606 e da TB-303, achei por ai, na internet:
Gravei este video com uma pequena demonstração da minha TR-606 em outubro:
Sunday, October 02, 2011
Moog "The Source" (texto em português)
No final dos anos 70 e - principalmente - no início dos anos 80, a Moog Music começou a perder espaço no mercado para novas empresas ou mesmo para empresas antigas que investiam nas “grandes” inovações tecnologicas: os sintetizadores digitais. Óbvio que, com o passar dos anos (e particularmente para mim, um amante e apreciador dos instrumentos analógicos), esta novidade se mostraria falha, pelo menos até os dias de hoje. Mas na época o grande lance era baratear custos já que praticamente todas as bandas do mundo tinham incorporado a figura do tecladista (e seus respectivos sintetizadores) no line up. Os dois primeiros anos da década de 80 foram também os dois últimos anos da Moog Music até que Robert Moog retomasse, em 2002, o controle da empresa, vendida por ele ainda na segunda metade dos anos 70.
Porém, como o “canto do cisne” digno do nome que a empresa carregava, estes dois últimos anos ainda renderam o lançamento de dois produtos que, com o passar dos anos, se tornaram tão lendários para os apreciadores dos sintetizadores analógicos quanto todos os equipamentos fabricados e desenvolvidos pela Moog até então: o Memorymoog e o Moog “The Source”.
O Moog “The Source” foi o primeiro (e único) sintetizador da Moog a utilizar um painel de membrana no lugar dos tradicionais knobs, sliders, switches e botões característicos dos sintetizadores analógicos. Com o passar dos anos este painel de membrana mostrou ser uma bela porcaria, pois não é raro o Moog “The Source” que esteja parado hoje em dia justamente por problemas neste painel (como o caso do meu, pelo menos até breve, quando resolverei este problema, ja tendo inclusive encontrado a solução). Como tudo que é ruim pode ter um lado bom, o deste painel é que a escolha das cores utilizadas nele deixam o Moog “The Source” um instrumento muito, mas muito bonito!
No que diz respeito ao processo de síntese de som, o Moog “The Source” é muito parecido com o Moog Prodigy: dois Osciladores, cada qual com seletor para três formas de onda em três oitavas diferentes e o tradicional filtro de 24 dB por oitava carcterístico dos sintetizadores Moog. Nas sessões de envelope do VCA e do Filtro as coisas começam a diferir um pouco, com o acrescimo de seletor para decay e release separados. A partir dai, os dois equipamentos diferem completamente, tornando o Moog “The Source” um instrumento mais completo, se é que podemos nos referir desta maneira diferenciando um sintetizador Moog de outro: o Moog “The Source” possui um teclado de 3 oitavas completas (37 notas - o Moog Prodigy possui somente duas oitavas e meia) além de sequencer, arpegiador, sample and hold e memória interna para 16 timbres totalmente programáveis (que podiam ser salvos em fita cassette).
Os controles do painel frontal são muito simples de serem acionados, todos através de seletores na própria membrana e um grande dial, que possui um mostrador numérico que permite saber o quanto os parâmetros são modificados. Outro mostrador, localizado acima do knob de volume, apresenta o número do timbre que está sendo utilizado no momento. Wheels para controle de Pitch e Modutation, juntamente com botões que mudam a oitava do instrumento e um led que varia conforme a velocidade aplicada ao Modulation Wheel completam o painel frontal do Moog “The Source”. Na parte traseira encontram-se um knob para afinação geral do intrumento, jacks de saída de áudio, entrada/saída CV, entrada/saída para o S-trigger e o conector para a o cassette onde os timbres podem ser armazenados. Tudo isso belissimamente disposto num chassi de aluminio e a membrana colorida ja mencionada.
Entre algumas bandas e artistas que utilizaram o Moog “The Source” estão The Moog Cookbook, dos meus amigos Brian Kehew e Roger Manning Jr, New Order (o baixo de “Blue Monday” foi gravado em um modelo destes), Devo, Vince Clarke (ele possui até hoje o original utilizado na gravação do primeiro disco do Depeche Mode), Andrew Fletcher (que utilizou um modelo destes no segundo disco do Depeche Mode, “A Broken Frame” - lançado em setembro de 1982. Também existem vários videos dele utilizando o equipamento em programas de TV da época), Ultravox, John Foxx, Gary Numan, Tangerine Dream, Jan Hammer, Tim Simenon (o homem por trás da banda Bomb the Bass), Kitaro, The Cars, King Crimson (o baixista Tony Levin utilizou um na tour de 1984), Blur, EMF, Roger O’Donnell (tecladista que, entre outros trabalhos, tocou com o The Cure).
Comprei meu Moog “The Source” no final dos anos 90, não tenho nem como lembrar quando foi exatamente. Sei que foi antes de 1998, já que cheguei a utilizar ele no disco d’Acretinice me Atray, lançado naquele ano. Até outro dia, quando finalmente encontrei um revendedor destas membranas nos USA, meu instrumento funcionou, parou, funcionou e parou algumas dezenas de vezes. Usei ele nos meus três discos solo e em pelo menos um show com o Jimi Joe, no lançamento do disco solo dele, no Anfiteatro da Unisinos, em São Leopoldo/RS. Cosmeticamente, meu Moog “The Source” está muito bonito e pretendo fazê-lo funcionar definitivamente ainda este ano ou no início do ano que vem, no máximo. Este é um dos poucos intrumentos adquiridos em certa época que o Emílio, meu grande amigo, não vai lembrar, pois ele não estava junto quando fui busca-lo em Viamão ou alguma destas cidades na região metropolitana de Porto Alegre. Desnecessário dizer que, antes de ser meu, este sintetizador – como 99 por cento dos instrumentos antigos que tenho – pertencia a uma banda de baile, embora eu não consiga mesmo recordar qual era este conjunto nem seu dono. Enfim, o número de série do meu Moog “The Source” é 3049, ou seja, deve ser praticamente um dos últimos deste modelo que foi um dos últimos suspiros dos anos de ouro da Moog Music. Robert Moog já estava trabalhando em outro local e – naquele momento – não tinha mais direitos sobre o nome da empresa, coisa que ele sabiamente reverteu nos últimos da sua vida. Como eu disse no início do texto, tudo que é ruim pode ter um lado bom e a Moog Music ter encerrado as atividades naquela época e, com isso, os equipamentos fabricados por eles terem se tornado “obsoletos” durante muitos anos que seguiram, me permitiram comprar algumas destas relíquias por preços que, hoje em dia, com a retomada do gosto pelos timbres analógicos, soam até como piada - paguei o equivalente a 50 reais no meu Moog “The Source”, isso sim eu lembro bem! E viva o doutor Robert Moog, o homem que me permitiu, com toda a sua criatividade e genialidade, ser uma pessoa feliz utilizando e conhecendo sua vida e suas criações!
photos: Kay Mavrides e divulgação/internet
Na internet, encontrei estes anuncios da época em que o Moog "The Source" foi lançado:
Encontrei também um cara, nos USA, que resolveu o problema da membrana do Moog "The Source" dele de uma maneira pouco prática, mas definitiva. E ficou bonito!
Como não gravei vídeo demonstrando meu Moog "The Source", posto aqui um vídeo encontrado no youtube:
No final da música "(Welcome to) The Central Lab (to Dr. Robert Moog and Peter Zinovieff)" utilizei o sequencer do meu Moog "The Source", gravado quando o instrumento ainda estava funcionando (lógico!):